quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VOCÊ CRIA SUA FILHA PARA CASAR?


VOCÊ CRIA SUA FILHA PARA CASAR?


Nossas mães e avós lembram muito bem dos tempos em que as mulheres eram criadas para casar. A menina precisava ser boa dona de casa, esposa e ainda se dedicar tempo integral aos filhos, quando os tivessem. Mas será que ainda existem pais e mães que pensam dessa forma?

A psicóloga Camila Colla Garcia, 32 anos, mãe de Manuela, de cinco, e autora do blog "Mamãe tá ocupada" diz que não cria a sua filha para casar, mas acha importante que case e constitua uma família.
                                                                      "Eu dou importância e valorizo a família. Ela é pequena para pensar nas complexidades de um casamento, mas já tem a noção de família, dos relacionamentos entre os membros familiares e da importância de respeitá-los", afirma.





Ela relembra que nos tempos em que era adolescente sua mãe também não impunha o casamento como uma obrigatoriedade a ela: "A minha mãe é tipo uma ‘feminista’. Trabalhava bastante, tinha três empregos e sempre foi independente, mesmo antes de se separar do meu pai". Seus pais, inclusive, sempre trabalhavam muito, pois desejavam que as filhas se dedicassem somente aos estudos.
Para ela, as mães atuais não se importam tanto com questões relacionadas ao casamento das filhas como anos atrás. "Acho que, atualmente, as mães estão muito mais preocupadas com o investimento na educação de suas filhas para uma carreira futura, garantindo o seu sucesso e independência", informa.
Camila afirma ainda que de nada adianta um casamento se você não tem valores importantes e fundamentais para atuar no mundo, seja como esposa, seja como profissional. "Não estou subestimando o valor e a importância do casamento. Qualquer caminho escolhido vale a pena e pode ser muito bem desempenhado, trazendo felicidade e satisfação quando se tem princípios básicos", opina.
A psicóloga também relata que ainda não fez nenhuma expectativa sobre o rumo que a vida da filha tomará, mas ao falar dela mesma, tendo em vista suas experiências pessoais, se descreve como uma mulher que dá muito mais valor à família do que à carreira que abandonou. "Minha família é o meu maior e mais amado projeto de vida. É nisso que invisto todas as minhas energias e dedicação", relata.
Ela ainda completa: "Penso que a minha filha é livre para escolher o que pretende priorizar em sua vida, porém gostaria que ela pelo menos me enxergasse como exemplo de uma pessoa que investiu para constituir uma família e que identificasse o valor da minha escolha".

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